segunda-feira, abril 23, 2007

soda.

na praça de alimentação, em qualquer uma lanchonete rápida cheirando a óleo, acena e pede uma garrafa preta de coca-cola. a pressa leva à mesa disponível a menos passos dali. tira o caderno da mochila. a caneta em punho, escreve coisas tortas num desespero de quem não se permitiria perder uma palavra sequer, jamais.
ao mesmo tempo em que as letras montam palavras e períodos difusos, as mesmas vêm em revoada, passeando dispersas pela auréola invisível que surge sempre em seus dias.
mais. é subitamente transportado às passarelas de pedestres que se cruzam sobre os carros nas avenidas infinitas, e quando se dá conta, está de mãos estendidas a receber o troco.

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