eletrodoméstico.
Não era raro vê-lo cair de amores por objetos plásticos.
Altares, odes, oratórios.
Via sua imagem em utensílios, móveis, parafernalhas inúteis.
Não era comum, sabia. Todos sabiam.
Tal loucura era fruto do descaso.
Ele, um caso perdido.
Dedicava-se então a adorar seus objetos.
E lembrava seu sonho de menino:
Ser um eletrodoméstico.
quinta-feira, dezembro 20, 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Eu tinha lido... Ontem ou anteontem... Não sei , talvez ainda no ano passado. E gostei.
Mais um dos meus comentários infâmes...
Postar um comentário