senti de repente que poderia seguir. imaginando ainda que encontraria a culpa em qualquer curva. seguiria. sem cumprimentos nem sorrisos de boca farta. ou quem sabe diria três palavras amenas sem olhar diretamente os olhos. e sempre que imaginava isso, via claramente um vértice na estrada, onde estaríamos ambos. e eu deveria escolher, eu acho. uma direção. sem poder me partir eliminando o encontro com escolhas também. era isso. via esse vértice, algumas árvores secas, chãos de terra cor-de-terra-imaginária, tudo desenhando um caminho que se desfazia na altura do ponto onde eu também deveria sumir aos olhos de quem ficaria. mas não havia ninguém. poderia seguir de olhos fechados. poderia sentir a direção pelas trombadas do vendo amigo. poderia. meu olho era como uma lente que quase apaga as extremidades. ah. havia também dois balanços num galho fraco mais à frente. não eram inertes. eram vazios. os três.
quarta-feira, janeiro 23, 2008
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2 comentários:
E se até o título sibila o assobio compassado, o que mais tenho a dizer?
Seus pontos e seus contos continuam encantando. a mim. a quem os lê. e nesse futuro louco, ao mundo. Gosto da cadência não-sei-se-proposital que ele tem. Gosto de cantá-lo rápido, ou contá-lo... quem sabe?
Ofegante. Respira e corre. Ofega. Ante um e outro e outro havia um infinito. Transpirante. Percebe e caminha. Transmuta cada passo em rota sacra.
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