departamento.
sobre coisas de sentimento, devo dizer que esse departamento parece de desordem profunta até onde consigo entrar.
são papeis em branco revestindo o chão.
são pastas abarrotadas de informações que se pretendem importantes.
são mil armários de ferro frio que se fecham quando passo. e há um corredor imenso sem fim.
aqui, não há servidores. dou conta de tudo. varro o chão, sou arquivologista. limpo cantos, engaveto coisas, fecho portas no final do dia.
um serviço interminável de tentativa de manutenção de uma ordem inalcançável. ela me foge às mãos.
um pandemônio incontornável.
um dia peço demissão.
sábado, outubro 16, 2010
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2 comentários:
Nunca mais tinha entrado aqui... bom ler o que não havia lido.
só me resta você como leitora.
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