domingo, março 22, 2009

silly.

Cheio de mágoa e cólera.
Discretamente.
É desse jeito que esconde uma ligeira vontade de mandá-los às favas.
"Faça-me um favor! Não precisa disfarçar..."
Já nem sabe como escrever, mas sabe que precisa.
Dizer coisas é como lançar-se no vácuo imenso.
Um universo inútil. Filhos da puta, é o que são.
Todos aqueles que um dia visitaram, desperiram-se, desculparam-se, na verdade, não sentiam culpa alguma.
Quanto alívio!
Ele já não está no meio de nós.
O peso da sua presença e o ar turvo se dissiparam.
Quanta falta de graça, amigo. Pra que tanto esforço?
Economize suas poucas energias para seguir em frente, numa direção oposta.
À nossa vontade, poderia ficar. (Cruza os dedos enquanto fala)
-Obrigado!(agradece inocentemente, o menino...)
Coitato.
Era de fato muito frágil. Dizia sempre à sua sombra tênue.
Não tinha madeixas longas, despojadas.
Não possuía instrumentos atrativos, sonoros, imponentes.
Mostrava para muitos inexpressividade.
_ Encontraremo-nos em breve, quando tudo e todos conspirarem para que nossos destinos se cruzem
bruscamente, sem que planejemos... (só assim poderia aceitar sua presença)
_ Não deseja mesmo nos esquecer? - Dizia isso de forma secreta enquando forjava odes à amizade diluída em lembranças falsas.
O outro não ouvia essa parte da verdade. Desconfiava. Concluía. Confabulava.
Tinha talendo para fazer-se de poor-poor-boy. Fuckin' silly!
Tolo.
Mas preferia dizer-se "infame".
Adorava essa palavra.

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